Updated on setembro 15, 2016
Bahia V – Semana I
BAHIA DE TODOS OS SANTOS
Segunda, 20/Julho/16
Na rodovia BA 001 entre Guaibim e Nazaré encontramos um vilarejo indígena com casas com taipa em construções.
Cheguei em Nazaré próximo das 11:00hs e dei uma volta para conhecer a cidade.
Nazaré
Fui almoçar em um restaurante na rodovia, neste momento recebi retorno do Prof Diego, o qual o Mestre Pinguim já tinha me passado o contato, e ele foi até lá conversar comigo. Quando ele chegou nos apresentamos e conversamos sobre minha viagem. Ele vez contato com o Contra Mestre Vílson, que também foi lá no restaurante para conversarmos. Perguntei sobre a capoeira, mas infelizmente não iria ter nada naquele dia. Como era dia de semana a galera tava na correria do trabalho, me convidaram para passar a noite ali, mas resolvi dar continuidade no trajeto. Na saída, o professor Diego vez questão de me pagar o almoço, agradeci e eles saíram. Eu segui viagem.
Contra Mestre Vílson, Sid e Professor Diego.
Ponte do Funil sobre o Rio Jaguaripe – Acesso a Ilha de Itaparica
Entrando na Ilha fui para a Praia de Jeribatuba e lá fui para o lado do Porto preparar um café e ver o por do sol. No caminho encontrei um menino com uma iguana na cabeça e ele me acompanhou para me mostrar o local onde a capoeira acontece, mas neste dia não aconteceu, devido aos festivos de São João.
Praia de Jiribatuba
Ali conheci dois pescadores e conversamos um bocado. Um deles me disse…, se ficar por ai… pode ficar lá em casa. Minha família não está e vc pode ficar de boa. Vou colocar a rede e quando voltar vamos juntos. Logo aceite e fiquei mais tranquilo, pois já tinha conseguido um lugar para dormir. Fui para a praça e fiquei esperando a capoeira. . Conheci Matheus, um menino com seus aproximadamente 13 anos de idade que me fez muitas perguntar sobre a viagem. Parecia muito esperto e com um bom papo. A mãe dele que trabalhava em um restaurante em frente a praça, chamou ele e pediu para ir comprar pão e ele foi, quando voltou perguntou “que sopa?” eu disse como? ele: Se vc que sopa? Tá afim? tá ou não tá? e eu disse: bom, sim… eu gosto… e ele vem aqui, entra, vem logo… ai eu fui. Logo ele venho com um prato com uma gostosa sopa e disse: Come ai, diboa! Fiquei muito feliz naquele momento, o ato deste menino me fez me sentir muito bem, perguntei quanto custava para a mãe dele e ela disse: Nada não! o Matheus me disse que era pra ajudar vc! Fiz meu agradecimento, comemos e logo saímos. Na praça fiquei até chegar o Omar, o pescador, e fomos para casa dele. Tomei banho e ele foi limpar os peixes, conversamos e descobri que ele já foi um capoeirista ativo, mas com o tempo ele foi deixando de participar das rodas. Aposentado pela polícia militar, sempre morou em salvador e que ouviu e conheceu Mestre Nô.
Terça, 21/Julho/16
Omar me deu uma dica para arrumar a chapa do Bagageiro que quebrou, o outro pescador poderia ajudar. Acabamos indo lá e fizemos outra chapa bem mais forte, ficou show! O camarada não quis cobrar nada, apesar dele ter levado em função dessa brincadeira uma hora, deixou na parceria e não cobrou pelo trabalho. Agradeci e fui embora, passei na casa de Omar, se despedimos e segue viagem.
Sid e Omar
Entre Jiribatuba e Cacha Pregos, encontrei um ciclista Inglês, estava indo para o Rio de Janeiro.
Chegando em Cacha Pregos, logo fui almoçar, pois no caminho peguei uma chuva danada e acabei parando em alguns pontos para esperar a chuva mais forte passar. Depois fui procurar algum lugar para descansar e encontrei uma praça muito falada no porto.
Praça Pau Mole
Praia de Cacha pregos
Na praia, cheguei em uma varanda de um quiosque, neste dia estava fechado e aproveitei para montar a barraca por ali mesmo. Descansei, depois conversei um com dois pescadores moradores do local. Ao anoitecer toquei berimbau e depois fui pescar um pouco, mas a maré não tava para peixe.
Quarta, 22/Julho/16
Acordei cedo e percebi que a maré já estava secando, então logo tomei um café, arrumei as coisas e parti rumo a Coroa. O trajeto levou em torno de 2:30hs, peguei alguns lugares com areia macia que dificultava a passagem. Passei também por alguns lugares na beira-mar que tinha um grande acúmulo de algas em outros peguei recifes.
Cheguei na Coroa por volta das 11:00hs, tomei um banho de mar e fui na casa de Mestre Nô.
Praia da Coroa
Na entrada encontrei Mestre Nozinho saindo para fazer compras, conversamos um pouco e ele saiu para ir no mercado. Mestre Nô estava em frente a casa ajudando na decoração do lugar, pois além de estarmos na época de festa Junina, era um dia especial. neste dia ele estava completando 71 anos de vida. Annika sua esposa e sua filha Moana também ajudavam nos preparativos. Ao longo de uma boa jornada, prestigiar com Mestre Nô a felicidade de seu aniversário… sem dúvidas é algo que jamais esquecerei. Desejo a você mestre Nô, muita saúde repleto de muita sabedoria e prosperidade!!! Eternamente grato!!!
Sid e Mestre Nô
Estavam por lá para comemorar o aniversário do Mestre Nô a querida Saninha e sua filha Ulle. Neste dia conheci o Prof. Pantaleão, Prof.Tartaruga, Contra Mestre Veru e Prof Patricia. Contra Mestre Craúna também estava por lá.
CM Veru, Tartaruga, Sid, Pantaleão Mestre Nô, Annika e Moana
Mestre Nozinho, Professora Tartaruga, Contra mestre Veru, Patricinha, Sid, mestre Nô e Mestre Craúna.
Chegou para festa o Mestre Pinguim, sua esposa entre outros para comemorar o aniversário do Mestre Nô. Fiquei a observar a tranquilidade e a Paciência do Mestre Nô em tudo que ele fazia, seja contando histórias, montando o berimbau… os ensinamentos são a todo momento.
Sid e Mestre Pinguim
Hora do Samba!!!
Após toda vadiação fomos sossegar na parte de cima da casa dos fundos, onde Craúna e Pantaleão estavam pousando, montei a barraca e fui descansar.
Quinta, 23/Junho/16
Ao acordar o Pantaleão abriu dois coco para tomarmos a aguá e depois fomos na padaria comprar pão para o café. depois mestre Nô acordo e ficamos conversando. Quando percebemos já estava no horário do almoço e fui comprar carne para fazermos um churrasco. Mestre Nô contou o constrangimento que passou em um avião logo após o atentado de 11 de setembro nos Estados Unidos. Após muita conversa, comemos e fui descansar um pouco.
Depois arrumei a bagagem, me despedi da galera e fui para salvador. O Pantaleão esperou no ferry boat e fomos juntos.
Da Ilha de Itaparica – Vera Cruz, travessia de Ferry Boat para Salvador
Na Polpa avistamos a Ilha de Itaparica
Chegando no porto de Salvador, me despedi do Pantaleão e fui para a Barra. No trajeto me deparei com muitos crakeiros em Gamboa, isso me chamou muito a atenção, provavelmente um descaso social e uma questão de muita polemica para todos que ali próximo residem. Cheguei na casa do Desenho e conheci o José Maria, espanhol, que já estava me esperando, o camarada Chileno Boris e Thamy, também espanhol que venho para ocupar o espaço de José Maria que vai volta para a Espanha.
Sexta, 24/Julho/16
Acordei logo cedo e fui correr na praia, fiz alguns exercícios, registrei algumas imagens e tomei um banho de mar.
Em um rolê no costão da Barra, atrás do farol, avistei grande quantidade de seixo rolado, ótimo para utilizar como dobrão.
A arte na Praia é comum no litoral brasileiro, em salvador a intensidade ainda é maior, muitos artistas expressão suas habilidades como forma de conseguir algum trocado.
Domingo, 26/Julho/16
Fui dar um rolê com a Moto do Desenho. Estava sem bateria pois estava parada já alguns dias, então tive que empurrar diversas vezes até a bichinha pegar, não foi fácil. O Ichi me deu muito trabalho logo nos primeiros dias, enquanto dormia ele pulava em cima de mim, chamando atenção para brincar com ele. Durante o dia geralmente ficava de boa, muito tranquilo!
A Noite fui dar um rolê no pelourinho pois tinha festa de São João e a praça da Sé estava lotada! fiquei por lá até por volta das 02:00hs, depois voltei para casa dormir.